Indo à Igreja
Indo à Igreja
Quando vou à igreja, gosto de chegar cedo para sentar nos últimos lugares. Enquanto muitos querem os primeiros, prefiro ficar lá no final. Fico em paz. Ninguém me perturba e, na hora de sair, já estou perto da porta.
Já me sentei na frente, no meio. Ainda prefiro os últimos lugares.
Tenho ido à igreja de um jeito não muito comum. Na quarta-feira, 24 de julho 2024, quando eu fechava os meus olhos em silêncio, estes se enchiam de lágrimas. A impressão era a de que, ao abri-los, as lágrimas cairiam como se os olhos deixassem de existir de repente.
Imagine um recipiente fechado, cheio de água que, abrindo a si mesmo por baixo, desaparece no ar, permanecendo apenas a água. De que forma ela se espalha? Assim foi a impressão, no entanto, muito depois de ter saído da igreja. Pois... no momento em que lá estava, só a escuridão dos olhos fechados.
E as lágrimas vinham, mas não chegavam. Permaneciam guardadas dentro dos olhos. Escondidas, não. Porque, ao abri-los, não os escondi. Não escondi o meu rosto. Seria bastante olhar para minha face para ver o que se fazia presente em mim.
Amei o texto, muito bom mesmo. É reflexivo.
ReplyDeleteAgradeço. Amei seu comentário. Abraços.
DeleteAbraços, também.
DeleteMuito bem, gostei do texto. Eu quando ia à igreja, costumava sentar nos últimos lugares.
ReplyDeleteBom também. Obrigada.
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